Eletroherb
Tecnologia que pode ajudar municípios com limpeza urbana
Uma nova tecnologia vem sendo empregada para livrar ruas e avenidas do aspecto indesejado e dos problemas decorrentes do crescimento de vegetação nas sarjetas e guias dos municípios brasileiros. O clima tropical do país favorece o surgimento do mato, pois tem dois elementos fundamentais para o seu crescimento, especialmente nessa época do ano: chuva e sol.
Com a proibição do uso de capina química, devido ao perigo iminente de seu uso para operadores, população e meio ambiente e com a dificuldade das prefeituras em alocar mão de obra para a capina manual, surge nesse cenário um revolucionário equipamento que utiliza um insumo limpo e eficiente para fazer o serviço: a eletricidade!
O Eletroherb, criado pela Zasso Brasil, utiliza uma descarga elétrica para eliminar o mato alcançando até a raiz, de forma definitiva, com uma impressionante média de produção de aproximadamente 1000 metros/hora!
A Desinsecta – de Lagoa da Prata é a empresa responsável por toda a parte comercial do serviço em Minas Gerais e já está buscando parcerias para estender a operação em diversas regiões do estado.
Prefeituras já podem avaliar o serviço
Desde 2017 esse sistema vem sendo testado e aprimorado e agora já se encontra à disposição aqui mesmo em nossa região. Municípios como Formiga, por exemplo, já se encontram na segunda fase de aplicação.
Nesta semana, os técnicos da empresa, juntamente com o diretor Gustavo Carvalho e o diretor comercial Ciro Cristiano, estiveram na vizinha cidade de Moema para uma demonstração, acompanhados pelo prefeito Julvan Lacerda e parte de seu secretariado.
A área de atuação do equipamento é via, sarjeta e rua e o trabalho é realizado em duas fases. A primeira é a aplicação da corrente elétrica para exterminar a vegetação. O equipamento atinge o mato com uma descarga elétrica de alta tensão e alta corrente, que alcança até a raiz da planta. Num segundo momento, cerca de trinta dias após, é utilizada uma vassoura mecânica para remoção da matéria orgânica morta e como forma de complementar o serviço.
“Na segunda fase, que é opcional, o equipamento remove os resíduos formados por restos de plantas, areia e pedras. É uma varredeira automatizada que retira sementes, estolões que estão por baixo da terra e isso ajuda a aumentar o intervalo entre as aplicações”, explica Gustavo.
Alternativa viável sem poluir
O prefeito de Moema, que é também o atual presidente da AMM (Associação Mineira de Municípios) – entidade que representa os 853 municípios do estado de Minas Gerais, disse que o emprego da tecnologia é muito bem visto para a realização da limpeza pública das áreas urbanas.
“Eu vejo como uma alternativa muito interessante e viável, porque o custo operacional de uma capina manual e a eficiência dela, além de demandar tempo e investimento, na maioria das vezes não extermina a planta, ela corta apenas por cima do solo e depois o mato brota com uma força maior ainda. Esse tipo de tecnologia elimina a planta mesmo, sem resíduos para o meio ambiente, sem poluir, então vejo como uma solução que vem somar mesmo para os municípios”, disse o prefeito.
Gustavo enxerga nas prefeituras um público interessante para a prestação do serviço, pelos benefícios que o Eletroherb oferece em relação aos sistemas convencionais:
“A tecnologia empregada no Eletroherb foi desenvolvida na década de 80 com a finalidade de uso na agricultura orgânica. De lá pra cá houve um desenvolvimento enorme, muito conhecimento foi embarcado e nós da Desinsecta colaboramos com o aperfeiçoamento desse sistema. Hoje ela está também no seguimento florestal, urbano, de jardinagem, que é um equipamento portátil – onde a pessoa liga da tomada e elimina ervas no gramado e em hortaliças, por exemplo. Para este ano está previsto o lançamento da linha agrícola, destinado a lavouras de café, laranja e culturas anuais, por exemplo. Na Europa, a Zasso já lançou inclusive um equipamento para dessecação da rama da batata para acelerar o processo de colheita, é algo que está em franco desenvolvimento”, discorre o empresário.
O diretor comercial Ciro Cristiano disse que o processo de crescimento da empresa foi desenhado para descentralizar a operação através de parceiros nas principais regiões do estado. “São doze a quinze mesorregiões que dividimos o estado para procurar os parceiros operadores, que são quem vai operar a tecnologia través do know-how tanto da Zasso quanto da Desinsecta para aplicação em área urbana. Assim vamos propiciar uma cobertura rápida e a Zasso já está se estruturando para atender a demanda”, explica.
Limites na folha de pagamento
O prefeito de Moema também vê com interesse para as prefeituras o fato da contratação do serviço desafogar as folhas de pagamento dos municípios:
“Com certeza, um dos grandes desafios da gestão municipal hoje é fazer o ajuste da mão de obra que a gente tem com o serviço para ser prestado. A grande maioria dos serviços ficou na mão dos municípios, enquanto a maior parte dos recursos ficou com a União. Então a gente tem que administrar isso otimizando os recursos e buscando inovação. Tecnologia e inovação sempre são formas de auxiliar para se ter uma gestão mais eficiente. O Eletroherb, com certeza vem para somar nesse ponto e ainda ajudando na questão ambiental e com um custo beneficio que a gente espera, seja muito interessante para o município”.
Decorrido o prazo de secagem da vegetação, a Desinsecta apresentará os registros feitos antes e depois da aplicação para comprovação da eficiência. Municípios interessados em conhecer o serviço podem entrar em contato pelos telefones (37) 3261-5536 e 99865-1517. Em Lagoa da Prata, sede da empresa, existe inclusive uma área de observação onde os gestores podem avaliar in loco os resultados gerados.