Capivaras

As capivaras, conhecidas também como carpinchos, são animais fascinantes, mas sua convivência com humanos pode levantar preocupações, especialmente em relação à febre maculosa. 

Desta forma, vamos explorar tudo sobre o Hydrochoerus hydrochaeris, desde seus hábitos até a sua relação com áreas urbanas, além de dicas para lidar com a presença desses animais.

A capivara é amplamente distribuída na América do Sul, com grande presença no Brasil. Esse roedor prefere habitats próximos a corpos d’água, como áreas de várzea, margens de rios, lagos e represas. 

Além disso, sua habilidade de adaptação permite que também sejam vistas em ambientes urbanos, especialmente em parques e regiões com vegetação aquática.

Elas são os maiores roedores do mundo, medindo cerca de 1 a 1,3 metros de comprimento, com um peso que pode variar entre 35 e 65 kg. 

Ademais, suas patas semi aquáticas e o pelo marrom ajudam a camuflar o animal nos ambientes naturais

Habitat e Comportamento

As capivaras são extremamente sociáveis e vivem em grupos organizados, que podem variar de 10 a 30 indivíduos. 

Esses grupos possuem uma estrutura hierárquica bem definida, liderada por um macho dominante. Elas utilizam a água como refúgio contra predadores e para regular a temperatura corporal.

Alimentação

Esses roedores são herbívoros e preferem gramíneas. No entanto, em áreas agrícolas, não hesitam em consumir culturas como cana-de-açúcar, milho e arroz, o que pode gerar conflitos com produtores rurais.

Reprodução

As capivaras se reproduzem duas vezes ao ano. As fêmeas podem dar à luz de 1 a 8 filhotes por gestação, que nascem já bastante desenvolvidos e são rapidamente integrados ao grupo.

Adaptação Urbana

A adaptação das capivaras a áreas urbanas se deve à abundância de alimentos e à falta de predadores naturais nesses ambientes. 

Além do mais, frequentemente são vistas em parques e lagoas artificiais, onde encontram refúgio e alimento.

Riscos à Saúde

Embora as capivaras sejam pacíficas, sua presença pode trazer riscos à saúde humana, especialmente pela associação com o carrapato-estrela (Amblyomma sculptum), vetor da bactéria Rickettsia rickettsii, que causa a febre maculosa brasileira. Essa doença é grave e pode ser fatal se não tratada.

Além disso, o acúmulo de fezes em áreas urbanas pode causar desconforto e atrair outros animais indesejados.

Embora sejam animais que despertam simpatia, é importante tomar medidas para evitar sua proximidade em áreas urbanas e reduzir os riscos de doenças. 

Confira algumas dicas práticas:

1. Evite Acessos a Áreas Verdes e Aquáticas
   Instale cercas ao redor de lagos e áreas de várzea próximas à sua residência para limitar o acesso das capivaras.
2. Controle o Crescimento de Gramíneas
   Mantenha gramados aparados e evite a presença de vegetação rasteira que possa servir de alimento.
3. Reduza a Presença de Carrapatos
   Faça inspeções periódicas em locais onde capivaras transitam e utilize métodos seguros de controle de carrapatos, sempre seguindo orientações de profissionais.
4. Não Alimente as Capivaras
   Evite oferecer alimentos ou deixar restos orgânicos expostos, pois isso pode atrair e fidelizar a presença dos animais.
5. Monitore e Sinalize Áreas de Risco
   Em regiões conhecidas pela presença de capivaras e carrapatos, sinalize para alertar moradores e visitantes sobre os cuidados necessários.
6. Manejo Populacional
   A aplicação de métodos preventivos, como laqueadura e vasectomia, tem sido uma alternativa recomendada para o controle da população de capivaras em áreas urbanas.

A capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) é um animal emblemático e de grande importância ecológica, mas sua presença em áreas urbanas requer atenção e manejo responsável. 

Com as medidas corretas, é possível reduzir os impactos negativos e promover uma convivência mais segura e harmônica entre humanos e esses fascinantes roedores!