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Carrapato estrela e capivara em Piracicaba: saiba tudo e previna-se

Piracicaba já conhece o peso desse tema. A cidade convive historicamente com áreas de risco e episódios de febre maculosa brasileira, e em 2025 voltou a registrar óbitos. Em 28 de agosto, a Prefeitura confirmou a morte de uma criança, o segundo óbito do ano; em 2024, não houve casos confirmados; e, somando 2019 a 2023, foram 28 casos e 16 mortes segundo dados municipais publicados em 2024.

Para quem vive em Pira, a pergunta é direta: o que fazer, de forma simples e efetiva, para reduzir o risco? A resposta começa entendendo essa relação!

Antes de saber o que é a febre maculosa  é preciso entender que o carrapato-estrela, principalmente Amblyomma sculptum (antes A. cajennense), pode adquirir a bactéria Rickettsia rickettsii em hospedeiros como a capivara e transmiti-la a humanos; prevenção eficiente combina evitar áreas de risco, barreiras físicas na roupa, checagem do corpo e remoção correta do carrapato.

O que é o carrapato-estrela e por que ele é tão presente em capivaras?

No Sudeste, o “carrapato-estrela” é, na prática, Amblyomma sculptum. Essa espécie é trioxena: cada fase (larva, ninfa, adulto) se alimenta em hospedeiros diferentes até completar o ciclo. Equinos e capivaras estão entre os principais hospedeiros; o deslocamento desses animais explica a dispersão dos carrapatos em margens de rios, parques e áreas verdes.

As capivaras funcionam como “carreadores” eficientes de carrapatos em ambientes urbanos e periurbanos. Quando um carrapato infectado com Rickettsia rickettsii se alimenta de outro hospedeiro, pode transmitir a bactéria, inclusive a humanos. Não há transmissão de pessoa para pessoa.

Febre maculosa brasileira: agente, transmissão e janela de risco

A febre maculosa brasileira é causada por bactérias do gênero Rickettsia, sobretudo R. rickettsii no Brasil. Para haver transmissão ao humano, o carrapato precisa permanecer aderido ao hospedeiro por um período mínimo. Documentos oficiais trabalham com cerca de 6 horas como referência prática, reforçando a importância da inspeção imediata do corpo após a exposição.

Sinais e sintomas típicos surgem entre 2 e 14 dias após a picada: febre alta, dor de cabeça intensa, mialgia, náusea, vômitos, diarreia e, em muitos casos, exantema (manchas) alguns dias depois. O tratamento antibiótico precoce salva vidas, por isso é indispensável que a pessoa procure atendimento e informe a exposição a áreas de risco.

Por que Piracicaba precisa redobrar atenção?

  • Em 28/08/2025, a Vigilância Epidemiológica de Piracicaba confirmou o segundo óbito do ano, uma criança de 1 a 9 anos; o primeiro óbito havia sido confirmado em junho. Em 2024, não houve casos confirmados. Entre 2019 e 2023, foram 28 casos e 16 óbitos, segundo publicação municipal de 26/07/2024.
  • A imprensa regional da Globo também registrou as ocorrências de 2025: a primeira morte foi ao ar no Bom Dia Cidade (Campinas/Piracicaba) em 15/07, reforçando o alerta público.

Esse histórico explica porque áreas como as margens do rio Piracicaba e do Piracicamirim, parques e lagoas urbanas exigem protocolos de prevenção especialmente entre junho e novembro, quando a pressão de carrapatos costuma aumentar. 

Prevenção da febre maculosa: orientação simples mas eficaz! 

  • Antes de sair
  • Prefira roupas claras, de manga comprida, calça por dentro do meião/bota; se possível, fita adesiva vedando o encontro bota-calça.
  • Use repelente eficaz contra carrapatos (DEET ou icaridina conforme rótulo).
  • Planeje rotas que evitem gramados altos, beiras de rio e áreas com presença de capivaras.
  1. Durante a atividade
  • Evite sentar debaixo de árvores com serapilheira (folhas secas) e roçar a vegetação com as pernas.
  • Em parques, mantenha crianças em caminhos abertos e animais de estimação na guia.
  • Depois da exposição
  • Faça inspeção minuciosa: couro cabeludo, dobras, atrás de joelhos, cintura e axilas.
  • Encontrou um carrapato? Remova com pinça, tração contínua e firme, sem esmagar. Lave a área com água e sabão/antisséptico. Observe sintomas por 14 dias e informe a possível exposição ao serviço de saúde. 

Capivara: hospedeira sim, vilã não! 

Capivaras são hospedeiras importantes para Amblyomma sculptum, mas demonizá-las não ajuda. O que fecha o ciclo é a combinação ambiente favorável + carrapato infectado + contato humano desprotegido. 

Programas municipais trabalham com educação, sinalização de áreas de risco, manejo ambiental e, quando cabível e autorizado, controle populacional para romper a dinâmica de reinfecção do ambiente.

Perguntas comuns sobre carrapato-estrela e capivaras

Capivara transmite a febre maculosa diretamente?

Não. A transmissão ocorre pela picada do carrapato infectado, geralmente Amblyomma sculptum.

Em quanto tempo o carrapato transmite a bactéria ao humano?

A transmissão requer tempo de fixação. Como parâmetro prático, usa-se cerca de 6 horas. Remover cedo reduz o risco.

Quais sintomas devo observar após visita a áreas de risco?

Febre alta, dor de cabeça, dores no corpo, náusea, vômitos, diarreia e manchas dias depois. Procure atendimento e informe a exposição.

Onde o risco é maior em Piracicaba?

Beiras de rios e lagoas, parques e áreas com capivaras e vegetação alta. A Prefeitura publica alertas e sinaliza locais.

O que fazer com a roupa após a trilha?

Inspecione e lave. Para pets, pente fino e banho ajudam a detectar e retirar carrapatos remanescentes.

Como a Desinsecta ajuda sua família, condomínio ou empresa

Capivaras não são vilãs. São o maior roedor do mundo, sociáveis, adaptáveis a parques e margens d’água, e sua presença em áreas urbanas cresce porque há alimento fácil e poucos predadores. 

O problema é a associação com o carrapato-estrela em ambientes com gramíneas altas, acesso a lagos e manejo inadequado do entorno. Por isso, conheça nosso serviço de controle de capivaras.

O que fazemos, na prática

  1. Diagnóstico de entorno e rotas
    Mapeamos corpos d’água, várzeas, passagens e áreas de gramíneas que favorecem o trânsito de capivaras e a dispersão de carrapatos. Identificamos pontos de atração como gramado alto, serapilheira e restos orgânicos expostos. 
  2. Manejo ambiental e paisagístico
    Definimos roçagem periódica, desbaste de vegetação rasteira e organização de áreas verdes para reduzir abrigo e alimento. Orientamos o descarte correto de resíduos e o manejo de frutos caídos. 
  3. Barreiras físicas e controle de acesso
    Projetamos cercas, gradis e soluções de contenção em perímetros sensíveis, inclusive no entorno de lagos artificiais e áreas de várzea, sempre dentro da legislação. O foco é limitar o acesso sem ferir os animais. 
  4. Programas de redução de carrapatos
    Implementamos rotinas seguras de inspeção e controle de carrapatos em faixas de risco, trilhas internas e bordas de vegetação. Treinamos equipes para uso correto de EPI, kits de remoção e fluxos de resposta a incidentes. 
  5. Educação e sinalização
    Instalamos sinalização clara sobre áreas e épocas de maior risco. Treinamos moradores, síndicos e equipes operacionais para condutas essenciais: não alimentar capivaras, não se aproximar, checar o corpo após exposição e reportar ocorrências. 
  6. Apoio técnico a manejo populacional
    Quando indicado pelo poder público, assessoramos tecnicamente projetos de manejo populacional ético e legal, como laqueadura e vasectomia, articulando com órgãos ambientais. O objetivo é reduzir a pressão ecológica e a reinfecção do ambiente. 
  7. Integração com controle de pragas urbanas
    Sincronizamos o plano com o controle de roedores, baratas e escorpiões para cortar fontes de alimento e abrigo que sustentam o ciclo de carrapatos em áreas urbanas.

Atendemos Piracicaba, ABC, São Paulo e Campinas, com equipe técnica, métodos homologados e compromisso com soluções de baixo impacto ambiental que protegem pessoas e respeitam a fauna.

Conclusão

A capivara, Hydrochoerus hydrochaeris, é parte do ecossistema e se adaptou às cidades porque encontra água, vegetação e alimento. O risco à saúde surge quando o ambiente urbano oferece condições para o carrapato-estrela prosperar. 

A boa notícia é que a prevenção funciona: manejo de vegetação, barreiras, sinalização, educação e protocolos de inspeção reduzem drasticamente a exposição sem agredir os animais.

A Desinsecta integra tudo isso em um plano único, contínuo e legalmente amparado. Resultado: menos carrapatos, menos sustos, menos custo sanitário e uma convivência mais segura com a fauna local. 

Quer um diagnóstico técnico do seu entorno e um plano que respeita a vida e protege pessoas?

 Fale com nossos especialistas em Piracicaba, ABC, São Paulo e Campinas.

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